quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tenho andando em uma tal crise de identidade constante, que  me impede de pensar em coisas que antes habitavam constantemente em minha mente insana. Nos últimos dias, tenho escrito alguns rabiscos diferentes do comum, me perdido em conclusões um pouco absolutas e tentado entender à mim mesma de forma um pouco mais clara. Meus gostos mudaram, os livros na estante de repente já não tanto me interessam, os antigos sorrisos que me fascinavam perderam a graça por completo, os amores que eu antes cultivava hoje não passam de boas - ou péssimas - lembranças que habitam o meu peito, já cheio de histórias, tropeços e vitórias colecionadas. Tento me achar em anotações esquecidas, olhares perdidos, noites mal-dormidas. Procuro vestígios de meu antigo eu, na tentativa de resgatar, quem sabe, algumas características desperdiçadas no tempo onde me perdi. Me olho no espelho, e vejo a criatura de sorrisos fáceis, agora esconde por trás de olhos amendoados lembranças e transmutações. Sigo buscando em mim essas lembranças incômodas, sem cutucar em feridas antigas, tentando adequar-me a minha personalidade agora ainda mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário